Quando meu pai comprou nossa segunda casa, era uma casa muito velha, num grande e magnífico terreno. A casa foi desmanchada e feito outra bem grande, com sótão e porão. Tinha esconderijo em todas as direções. Um grande e confortável galpão, para abrigar a vaca e os galos de rinha (o xodó de meu pai) e o ‘tambor “ onde os galos eram treinados.
No terreno havia um maravilhoso “olho dágua” que jorrava a céu aberto, a água mais cristalina e saborosa que alguém pode ter visto.Árvores nativas estavam junto a fonte. Mais tarde meu pai plantou algumas macieiras e conservou outras frutíferas que já tinha na propriedade. Também era um lindo pomar.
Mas a coisa mais linda que tinha nesta casa, eram as flores! Malva-rosa, flor de pessegueiro, copos de leite, lírios de S. José branquinhos e perfumados, saudades, margaridas, rosa antiga, que ao lembrar sinto o perfume. E tantas outras. Porem, uma trepadeira não me sai da memória. Era muito antiga e dava cachos lilases com um perfume ímpar. Seu nome é Glicínia. Nome de rainha! As abelhas estavam sempre em busca de seu mel.
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